sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Religião e reforma íntima

Dia destes ouvindo a palavra de querida mentora ao final dos trabalhoDIV_ (72) s
do dia, fiquei discutindo com meus botões tentando entender o conceito tempo. Ela nos disse que quando se encontrava no mesmo estágio que o nosso: lutando para melhorar; praticando sua reforma íntima, prometendo a si mesma: "Esse erro eu não repito mais!". Sofreu queda após queda até que um belo dia, mais ou menos 8.000 anos depois, deixou de repetir esses erros e, escapou de ser transferida de moradia estelar. Essa informação quase me deu um nó na cabeça. Será que pego mais leve ou continuo me espancando para melhorar?

Como desconheço meu passado, e usando apenas como referência de raciocínio o ciclo de tempo que nos ofereceu: 8.000 anos, imaginei: E se eu estiver tentando melhorar há mais ou menos 7.996 ou 7.999 e alguns dias? O que será de mim? Será que falta muito ou pouco? Talvez apenas mais uma tentativa seja suficiente ou posso usar um pouco mais de desculpas e de justificativas?

Talvez esse seja o maior drama da atualidade para os espíritos ainda viáveis para continuar na próxima fase do planeta (regeneração), continuar com uma reforma íntima no estilo diet; ligth; desta vez passa; só um pouquinho não faz mal... Ou partir para uma reforma íntima do tipo sim, sim, não, não; eliminando de vez os quem sabe; os talvez...

Usando essa vivência para refletir em termos coletivos, vamos brincar de analisar nossa postura religiosa – uma das âncoras de nossa reforma interior. Tanto falamos em Jesus como modelo que até irritamos os que nunca foram apresentados a Ele; mas que vivem dramas de evolução espiritual muito parecidos como os nossos do Cristianismo. Por melhor que seja o Mestre, quando o aluno deseja de fato aprender: aprende; quando se acha muito esperto e tapeia: não aprende.

Nossa brincadeira de hoje é sobre a defasagem entre a prática dos ensinamentos de Jesus tão lidos, discutidos, colocados em prosa e verso de forma brilhante, tocante até, por pessoas que vivem com o Evangelho debaixo do braço, do travesseiro, na gaveta do escritório, nas tribunas e nos púlpitos. Os ateus caçoam dos espiritualizados; os
espiritualistas fazem pouco caso dos espíritas que, por sua vez desdenham os católicos dogmáticos que, por sua vez fazem pouco caso dos leitores que andam com a Bíblia debaixo do braço; que por sua vez desdenham os umbandistas; que desdenham os budistas... E assim, caminhamos como humanidade – cada um achando que seu caminho é o único, que seus Mestres são os melhores. A realidade é triste, não
importam as crenças, pouco ou nada fazemos para nos melhorar e praticar as leis básicas do existir como espíritos já responsáveis pela própria evolução.

Apenas para ilustrar: os mandamentos atribuídos a Moisés nada mais são do que o beabá das leis de relações entre nós e Deus, o Cosmos e entre nós candidatos a seres humanos. Por exemplo, a religião Brâmane que existiu milhares de anos antes de Moisés já dizia a mesma coisa; e de forma até mais lúcida e clara. Dividia as infrações às Leis Divinas em pecado do corpo, pecado da palavra e pecado da vontade.

Pecados do corpo
1 – Bater.
2 – Matar.
3 – Roubar.
4 – Violar mulheres.

Pecados da palavra
5 - Ser falso ou dissimulado.
6 – Mentir.
7 – Injuriar.

Pecados da vontade
8 – Desejar o mal.
9 – Cobiçar o bem alheio.
10 – Não ter dó dos outros.

Deixando de lado as outras Leis sociais que Moisés colocou na Época; fixemos-nos nas principais que continuamos infringindo dia após dia – reflitamos sobre isso com muito carinho – não, não nos enganemos. Nada de desculpas nem justificativas, pois, nós que hoje aqui estamos debatendo com tanto denodo e lutando por pureza de conceitos lá
estávamos e milênio após milênio já ouvimos as mesmas leis sendo colocadas em diferentes línguas e locais. Convidamos o leitor militante ou não em correntes religiosas ou de pensamentos filosóficos a responder a si mesmo a seguinte dúvida: Qual dessas antigas leis o amigo já cumpre com presteza e automatismo? O momento é especial, ou
somos aprovados ou reprovados. E daí? Vou continuar sendo borderline da evolução (limítrofe)?

Por hora, fica a pergunta: Quantas vezes ao dia, o amigo usa o Santo Nome de Deus em vão? Não sabe? Pára com isso colega; assume de vez tua responsabilidade. Eu? Graças a Deus estou indo bem.

Na última pesquisa que fiz de mim mesmo já baixei para 53 vezes num único dia. Meu recorde.

Graças a Deus... Amém Jesus! Deus seja louvado! "Virge Maria"! "Meu padinho Pade Cicero"! Irmão José! Obrigado Pai João! Obrigado doutor Bezerra de Menezes!

Transferências de responsabilidade para os prepostos de Deus também podem ser enquadradas como fuga da responsabilidade? Confesso que ainda nem parei para pensar nesse assunto. Será que ainda tenho jeito? Será que posso me salvar? Me diga pelo amor de Deus meu querido amigo leitor.

Que Deus te abençoe! Desculpa meu Deus, Você me Perdoa? Deus quis que assim fosse! Deus está me provando! Foi o desejo de Deus!

Paz.

Américo Canhoto
Fonte: http://www.jornaldosespiritos.com

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