sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Tipos de médiuns

Podem dividir-se os médiuns em duas grandes categorias:07tk2ln

  • Médiuns de efeitos físicos, os que têm o poder de provocar  efeitos materiais, ou manifestações ostensivas.

  • Médiuns de efeitos intelectuais, os que são mais aptos a receber e a transmitir comunicações inteligentes.

        Todas as outras espécies se prendem mais ou menos diretamente a uma ou outra dessas duas categorias; algumas participam de ambas. Se analisarmos os diferentes produzidos sob a influência mediúnica, veremos que, em todos, há um efeito físico e que aos efeitos físicos se alia quase sempre um efeito inteligente. Difícil é muitas vezes determinar o limite entre os dois, mas isso nenhuma conseqüência apresenta. Sob a denominação de médiuns de efeitos intelectuais abrangemos os que podem, mais particularmente, servir de intermediários para as comunicações regulares e fluentes.

As principais manifestações são:

A mediunidade apresenta uma variedade infinita de matizes, que constituem os chamados médiuns especiais, dotados de aptidões particulares, ainda não definidas, abstração feita das qualidades e conhecimentos do Espírito que se manifesta.

        A natureza das comunicações guarda sempre relação com a natureza do Espírito e traz o cunho da sua elevação, ou da sua inferioridade, de seu saber, ou de sua ignorância.  Mas, em igualdade de merecimento, do ponto de vista hierárquico, há nele incontestavelmente uma propensão para se ocupar de uma coisa preferentemente a outra.

        Os Espíritos batedores, por exemplo, jamais saem das manifestações físicas e, entre os que dão comunicações inteligentes, há Espíritos poetas, músicos, desenhistas, moralistas, sábios, médicos, etc.

        Indivíduos há que, como médiuns, escrevem admiráveis poesias, sendo certo que, em condições ordinárias, jamais puderam ou souberam fazer dois versos; outros, ao contrário, que são poetas e que, como médiuns, nunca puderam escrever senão prosa, mau grado ao desejo que nutrem de escrever poesias. Outro tanto sucede com o desenho, com a música, etc. Alguns há que, sem possuírem de si mesmos conhecimentos científicos, demonstram especial aptidão para receber comunicações eruditas; outros, para os estudos históricos; outros servem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos moralistas.

        Qualquer que seja a maleabilidade do médium, as comunicações que ele com mais facilidade recebe trazem geralmente um cunho especial; alguns existem mesmo que não saem de uma certa ordem de idéias e, quando destas se afastam, só obtêm comunicações incompletas, lacônicas e não raro falsas.

        Além das causas de aptidão, os Espíritos também se comunicam mais ou menos preferentemente por tal ou qual intermediário, de acordo com as suas simpatias. Assim, em perfeita igualdade de condições, o mesmo Espírito será muito mais explícito com certos médiuns, apenas porque estes lhe convêm mais.

[17b - página 227 item 185]


Aparelhos mediúnicos
valiosos naturalmente não se improvisam. Como todas as edificações preciosas, reclamam esforço, sacrifício, coragem, tempo... E sem amor e devotamento, não será possível a criação de grupos e instrumentos louváveis, nas tarefas de intercâmbio.

[28a - página 82] André Luiz - 1954 

        Erraria quem, simplesmente por ter ao seu alcance um bom médium, ainda mesmo com a maior facilidade para escrever, entendesse de querer obter por ele boas comunicações de todos os gêneros.

  • A primeira condição é, não há contestar, certificar-se a pessoa da fonte donde elas promanam, isto é, das qualidades do Espírito que as transmite; porém, não é menos necessário ter em vista as qualidades do instrumento oferecido ao Espírito.

  • Cumpre, portanto, se estude a natureza do médium, como se estuda a do Espírito, porquanto são esses os dois elementos essenciais para a obtenção de um resultado satisfatório.

  • Um terceiro existe, que desempenha papel igualmente importante: é a intenção, o pensamento íntimo, o sentimento mais ou menos louvável de quem interroga. Isto facilmente se concebe.

        Para que uma comunicação seja boa, preciso é que proceda de um Espírito bom; para que esse bom Espírito a POSSA transmitir indispensável lhe é um bom instrumento; para que QUEIRA transmiti-la, necessário se faz que o fim visado lhe convenha. O Espírito, que lê o pensamento, julga se a questão que lhe propõem merece resposta séria e se a pessoa que lha dirige é digna de recebe-la. A não ser assim, não perde seu tempo em lançar boas sementes em cima de pedras e é quando os Espíritos levianos e zombeteiros entram em ação, porque, pouco lhes importando a verdade, não a encaram de muito perto e se mostram geralmente pouco escrupulosos, quer quanto aos fins, quer quanto aos meios.

        Grupamos as diferentes espécies de médiuns por analogia de causas e efeitos, sem que esta classificação algo tenha de absoluto. Algumas se encontram com facilidade; outras, ao contrário, são raras e excepcionais, o que teremos o cuidado de indicar.

        Estas últimas indicações foram todas feitas pelos Espíritos, que, aliás, reviram este quadro com particular cuidado e o completaram por meio de numerosas observações e novas categorias, de sorte que o dito quadro é, a bem dizer, obra deles. Destacamos as suas observações textuais, sempre que nos pareceu conveniente assiná-las. São, na sua maioria, de Erasto e de Sócrates.

[17b - página 229 item 186]

        Além de um número considerável de variedades de médiuns, apresenta uma infinidade de graus em sua intensidade. Muito raro a faculdade de um médium estar rigorosamente circunscrita a um só gênero. Um médium pode ter muitas aptidões, havendo, porem, sempre uma dominante.  Em erro grave incorre quem queira forçar de todo o modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder, talvez, enfraquecer, com certeza, as de que seja dotado.

[1 - página 286] [17 - página 244 item 198]*

        Todas estas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua intensidade. Muitas há que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que, nem por isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais. Concebe-se que há de ser muito raro esteja a faculdade de um médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-se.

        Em erro grave incorre quem queira forçar de todo modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua.

        Deve a pessoa cultivar todas aquelas de que reconheça possuir os gérmens. Procurar ter as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.

        "Quando existe o princípio, o gérmen de uma faculdade, esta se manifesta sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá.

        Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impune. Os bons abandonam o presunçoso, que se torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns que, não contentes com os dons que receberam, aspiram, por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais, capazes de os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros."

SÓCRATES

[17b - página 244 item 198]

Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/tm_.htm

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